Muitos não sabem, mas maio é o Mês de Conscientização da Doença Celíaca, assunto cada vez mais presente e discutido entre profissionais de saúde e população em geral.
A Doença Celíaca é uma doença autoimune desencadeada pela ingestão de Glúten, uma proteína presente no trigo, centeio, cevada, malte e aveia (A aveia não possui glúten em sua composição, porém, por ser armazenada e transportada juntamente com outros cereais que contém glúten, acaba sendo contaminada, não podendo se consumida por celíacos). A doença caracteriza-se por uma inflamação crônica do intestino que pode causar atrofia das vilosidades intestinais, levando a redução da absorção de nutrientes importantes para manutenção da saúde. Geralmente aparece na infância, mas pode surgir em qualquer idade. Os principais sintomas são diarréia crônica, anemia, prisão de ventre, atraso no crescimento, dor abdominal, distensão abdominal, feridas que coçam, entre outros.
O único tratamento para a doença celíaca é uma dieta livre de glúten. Aí você pensa: “então é fácil nutri, basta retirar os cinco alimentos citados anteriormente e pronto!” Parece fácil, mas o problema é que esses cinco alimentos servem de base para o preparo da maioria dos alimentos consumidos ao redor do mundo (pães, bolos, massas, biscoitos)! Você sabia que até a indústria farmacêutica utiliza produtos com glúten? Sim, até nos medicamentos e vacinas os celíacos precisam ficar de olho para identificar a presença desse componente.
Outra dificuldade é que o Glúten se propaga pelo ar, então produtos sem glúten não podem ser preparados num mesmo ambiente e nem utilizar os mesmos utensílios (forno, fôrma, colher, panela) de outros com glúten.
Nutri, eu sou celíaco, mas continuo consumindo glúten em pequenas quantidades tem problema? Tem! E muito! Se não tratada corretamente a Doença Celíaca pode ocasionar anemia, osteoporose, câncer de intestino, infertilidade, e pode inclusive levar a morte! É um assunto que precisa ser levado muito a sério, por todos! Vale ressaltar que além da Doença Celíaca, existe a Intolerância ao Glúten não Celíaca e a alergia ao trigo, assunto que prometo abordar em outro post.
Hoje temos uma facilidade muito grande de encontrar receitas com substitutos ao glúten, produtos livres de glúten, restaurantes que apostam em cardápios glúten free! Com relação a valores, os produtos industrializados livres de glúten ainda são mais caros, porém, muito mais acessíveis do que era há uns anos atrás! Mas fica a dica: os alimentos que devem compor a nossa alimentação diária (frutas, verduras, legumes, sementes, tubérculos como batata doce, aipim, batata inglesa, cará, inhame) são livres de glúten, super saudáveis e infinitamente mais baratos do que qualquer industrializado.
Ainda essa semana, vou postar um receitinha livre de glúten para vocês testarem no final de semana!
Beijos da Nutri :*